Dentro dos modernos conceitos sociais vemos que todas as pessoas são preparadas desde a tenra infância para se tornarem seres socialmente produtivos. Fizeram na televisão, por ocasião do ano da criança deficiente, propagandas curtinhas para provar que ainda havia alguma esperança; para dizer que alguma coisa estava sendo feita. E apareciam lá, na tela, as crianças e adolescentes, cada um excepcional a seu modo, desde síndrome de Down até cegueira, e aquilo que a sociedade estava fazendo com elas ... Ensinando, com muito amor, muita paciência. E tudo ia bem até que aparecia o ideólogo da educação dos excepcionais para explicar que, daquela forma, esperava-se que as crianças viessem a ser úteis socialmente.

Será que estamos aqui para transformar cegos em fazedores de vassouras ou para automatizar os mongoloides para que aprendam a pregar botões, sem fazer confusão... Será que eles são o que fazem. Ali estavam crianças excepcionais, não seres que virariam seres sociais e receberiam o reconhecimento público se, e somente se, fossem transformados em meios de produção. Mesmo um deficiente pode ser feliz. Se qualquer ser vivo pode encontrar alegria na vida, porque não estas crianças, só porque nasceram um pouco diferentes ...?

Através do nosso atendimento esperamos que essas pessoas sejam felizes, deem risadas, descubram que a vida é boa ...








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